sábado, 21 de maio de 2011

Família X Escola

     Por: Julyenne Lima

  “Por isto, o Estado, longe de prescindir da família, deve assentar o trabalho da educação no apoio que ela da à escola e na colaboração efetiva entre pais e professores, entre os quais, nessa obra profundamente social, tem o dever de restabelecer a confiança e estreitar as relações, associando e pondo a serviço da obra comum essas duas forças sociais - a família e a escola, que operavam de todo indiferentes, senão em direções diversas e às vezes opostas.”
        Quando o assunto é educação, não temos como estabelecer limites entre o papel da família e o da escola no desenvolvimento psicopedagógico. Na verdade, essas duas vertentes precisam estar intimamente interligadas para que não só ocorra transmissão de conhecimento, como também a estimulação de raciocínio, o aprimorar do senso crítico e o desenvolvimento das faculdades intelectuais, físicas e morais.
       O problema está na sociedade capitalista na qual vivemos, onde os pais   incessantemente buscam por um elevado padrão de vida que consequentemente exige dedicação e tempo, deixando assim  de lado as responsabilidades básicas de educar seus filhos em paralelo com as atividades desenvolvidas pela escola.
       Chega a ser  desanimador perceber o quanto os pais vem passando a sua função  para as escolas, sem contar na forma pejorativa  como as escolas estão sendo encaradas por eles...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Lev S. Vygotsky - Um pilar da Pedagogia


Por: Julyenne Lima

Lev S. Vygotsky , professor e pesquisador dedicou-se nos campos da pedagogia e psicologia. Ministrou várias palestras em escolas, e faculdades sobre pedagogia, psicologia e literatura. Construiu sua teoria tendo por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento.
Vygotsky considera o papel da instrução um fator positivo, no qual a criança aprende conceitos socialmente adquiridos de experiências passadas e passarão a trabalhar com essas situações de forma consciente.
A parte mais conhecida da extensa obra produzida por Vygotsky em seu curto tempo de vida converge para o tema da criação da cultura. Aos educadores interessa em particular os estudos sobre desenvolvimento intelectual. Vygotsky atribuía um papel preponderante às relações sociais nesse processo, tanto que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo.
As ideias centras que são os 'pilares' do pensamento de Vygotsky, podem ser assim resumidos: - 'As funções psicológicas  têm um suporte biológico pois são produtos da atividade cerebral; - O funcionamento psicológico fundamenta-se nas relações sociais entre o indivíduo e o mundo exterior, as quais desenvolvem-se num processo histórico;- A relação homem/mundo é uma relação mediada por sistemas simbólicos' (Oliveira, pg. 23, 1993).

PAULO FREIRE – Incentivador de práticas pedagógicas

Por: Priscilla Vanessa

Paulo Freire, o incentivador de práticas pedagógicas é hoje considerado o mais ilustre e destacado educador brasileiro. Ficou conhecido pela sua principal idéia, em relação à educação, o método de alfabetização de adultos, que carrega o seu próprio nome. Para Paulo Freire a conscientização do aluno deve ser o maior objetivo da educação, para ele a prática de sala de aula deveria ser algo que pudesse incentivar e desenvolver o senso critico nos alunos, principalmente em relação a condição social em que estes se encontravam. Reprovava o ensino que era proporcionado pela grande maioria das escolas, onde o sistema que funcionava era o professor depositar o conhecimento enquanto o aluno era apenas um receptor, ou seja, não havia interação de idéias. Para Paulo Freire a missão do professor é tornar possível a criação e a produção de conhecimentos pelos alunos, que já chegam à escola trazendo consigo uma “bagagem” cultural, e assim haverá interação entre professor e aluno, consequentemente os dois lados aprenderão juntos.

“Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes” (Paulo Freire - 1921-1997)

Educação no RN .Onde está a prioridade?

Vejamos se a Educação no Brasil e no Rio Grande do Norte é tratada como prioridade , como deveria ser. A Professora Amanda Gurgel, mostra-nos o verdadeiro caos em que encontra-se a Educação no Rio Grande do Norte.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Educação Brasileira, o que difere de ontem para hoje?





Por: Priscila Vanessa


Diante da reforma política que acontecia no Brasil durante a Revolução de 1930, representantes da elite intelectual redigiram o "Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova". Esse documento foi o passo inicial para a realização da reforma educacional brasileira. O objetivo principal do Manifesto dos Pioneiros foi criar um Plano Geral da Educação, que propunha a criação de uma escola única, pública e gratuita, estimulando assim, uma educação para todos, onde não houvesse distinção de classes. Esse modelo foi denominado de “nova educação”, pois foi criado em contraste com o já existente. Porém, podemos perceber que estamos numa realidade bem distinta do que propunha o manifesto. Problemas que existiam desde aquela época, ainda são atuais e tendem a passar por muitas gerações.
De acordo como artigo 205 da Constituição Federal de 1988, a educação é direito de todos e é obrigação do Estado cumprir esse direito. A LDB é um conjunto de leis que decreta e cria normas para a Educação Brasileira, normas estas que vão desde os princípios até as modalidades da educação. A LDB é a primeira lei a definir o conceito de educação, o artigo primeiro diz: ”A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. Contudo, o que presenciamos hoje é que há uma atenção maior do Estado em democratizar o ensino, mas acaba-se deixando de lado a qualificação desse ensino, principalmente quando o alvo são as escolas públicas, que diferem muito quando comparada a instituições particulares.
Podemos presenciar uma realidade fantasiosa nos artigos 2º e 3º da LDB, a lei afirma que a educação é dever da família e do Estado e diz ainda que o ensino deve ser  ministrado com igualdade de condições para acesso e permanência, liberdade de aprender, respeito à liberdade, valorização do profissional, gestão democrática do ensino público, garantia do padrão de qualidade. Mas a verdade é que não observamos a aplicabilidade dessa lei, principalmente na rede pública de ensino, que bom seria se houvesse valorização do profissional, garantia do padrão de qualidade e se acontecesse igualdade de condições para o acesso e permanência do aluno. O retrato da Educação Brasileira seria bem diferente da atual situação em que esta encontra-se.



         

            Por : Mirlene Neyce
Lendo a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, percebi mais uma vez que o problema não está na legislação, e sim na sua aplicabilidade. Ela diz que a educação é dever do Estado e da família e tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Para que isso aconteça alguns princípios precisam ser postos em prática, como por exemplo: a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; respeito à liberdade e apreço à tolerância; gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; valorização do profissional da educação escolar; garantia de padrão de qualidade; valorização da experiência extra-escolar; vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
Podemos perceber que na maioria das escolas públicas, nada disso acontece apesar de estar na legislação, as escolas particulares também não ficam isentas desse problema, o acesso a escola ainda não acontece de forma igualitária, ainda existe muita descriminação. Muitos professores não são recompensados de forma justa e isso algumas vezes reflete em sala de aula interferindo na qualidade do ensino. Parte inferior do formulário
           
            Por: Mirlene Neyce
           O filósofo norte-americano John Dewey nascido em 1859 em Burlington, uma pequena cidade agrícola de Vermont, é o nome mais conhecido quando se fala da corrente filosófica conhecida como pragmatismo ou instrumentalismo, onde as idéias só têm importância desde que sirvam de instrumento para a resolução de problemas reais.
Ele teve uma educação desestimulante e maçante na escola e foi em casa através de sua mãe que John percebeu que o aprendizado acontece de forma mais eficaz quando aliado a prática. Sua mãe confiava pequenas tarefas aos filhos para despertar o senso de responsabilidade.
            Ele acreditava na necessidade de valorizar a capacidade de pensar dos alunos, de prepará-los para questionar a realidade de unir teoria e prática e suas concepções influenciaram educadores de várias partes do mundo. No Brasil inspirou o movimento da Escola Nova, liderado por Anísio Teixeira, ao colocar a atividade prática e a democracia como importantes ingredientes da educação. O princípio é que os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Atividades manuais e criativas ganharam destaque no currículo e as crianças passaram a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas.

Djalma Maranhão: mais que um político, um educador.


Por: Vanessa Guerra
Bem mais do que um homem de vida pública Djalma Maranhão foi um grande pensador da educação norte-riograndense.Foi professor de educação física no Colégio Estadual do Atheneu-Norte Riograndense, jornalista, fundador e diretor de jornal, deputado estadual, prefeito de Natal, entre outros cargos exercidos por ele em sua vida pública.
Na década de 1960 pesquisas realizadas pelo IBGE mostravam que 40% da população do país era analfabeta (cerca de 16 milhões), afim de reverter essa deficiência na educação básica alguns movimentos a favor da alfabetização surgiram nesse período.Seguindo a linha nacional Djalma Maranhão, então prefeito de Natal, também implantou uma campanha conhecida como: De Pé No Chão Também Se Aprende a Ler. Essa campanha venceu quatro desafios  que  a educação brasileira também possuía: onde não havia escolas de alvenarias eram montados acampamentos escolares;como não existiam professores diplomado,qualificou seus próprios recursos  humanos; redigiu seus próprios textos educacionais por falta de material didático e as salas de aulas tinham acompanhamento técnico-pedagógico e não eram abandonadas.
Além desses fatores, em três anos da campanha foi criado um centro de formação de professores,também foram qualificados monitores e supervisores e isso  elevou os índices de aprovação escolar de 60% em 1961 para 85% em  1963. A campanha desenvolvida por Djalma Maranhão foi bem mais além de uma sugestão alfabetizadora, mas sim uma política educacional.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A educação como instrumento de transformação


Por: Vanessa Guerra

Desde a década de 1930 que os pensamentos sobre a educação brasileira se baseiam nos mesmos princípios,levantando a bandeira pela educação 26 educadores escreveram um manifesto que foi intitulado de “Manifesto dos Pioneiros”(1932).Estes eram  a favor de uma educação igual para todos sem privilégios que o poder econômico pudesse favorecer, primavam pela educação laica distanciando assim as questões religiosas e priorizando as questões sociais. Segundo eles, o Estado tem que garantir uma educação de qualidade e gratuita aos cidadãos, possibilitando oportunidades iguais para pessoas de sexos e crenças diferentes, e sendo priorizados os primeiros anos, pois esses representam o começo da formação dos indivíduos.A educação naquela época  era fragmentada e não havia relação entre os ensinamentos e o mundo ,o manifesto defendia que a educação era um organismo que tem toda e total relação com vida prática.Muitos desses princípios foram sancionados na LDB(lei de diretrizes e bases) em 1996 que está em vigor até hoje. Apesar da LDB ter resgatado os valores presente no manifesto, e assim o governo ter tomado uma decisão acertada, mostra que os direitos assegurados por ela mesma acaba só no papel e não na prática.A calamidade e o descaso da educação pública  é hoje um exemplo do desrespeito com a LDB.Porém, as responsabilidades não devem ser entregues somente ao governo, para se ter uma educação de qualidade é necessário que os educadores tenham uma visão sócio-filosófica  do ensino, pois a educação não é apenas uma ferramenta da ciência,mas sim um mecanismo de promoção social onde pessoas podem ter melhorias em suas condições de vida.